O ensino híbrido, ou blended learning, é uma das maiores tendências da Educação do século 21, promovendo uma mistura entre o ensino presencial e a proposta de ensino online – ou seja, integrando a Educação à tecnologia.
A tecnologia está presente em todos os aspectos do nosso dia-a-dia, e a tendência é utiliza-la como ferramenta educacional. Dessa forma, o ensino híbrido surgiu com a ideia de inovar o método tradicional e diante do cenário atual, tem ganhado bastante espaço.
A fim de conciliar a reabertura das escolas com os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19, combinar atividades presenciais e remotas passou a ser uma realidade das redes de ensino, buscando fazer um rodízio entre as crianças e jovens nas salas de aulas.
Para muitas redes, essa abordagem viabilizará o continuum curricular, ou seja, o ano letivo “dois em um” proposto pelo Conselho Nacional de Educação para permitir a integralização da carga horária de 2020 (em casos em que não foi totalmente cumprida) neste ano.
Uso das Tecnologias Digitais
Embora muitas escolas não tenham condições de oferecer equipamentos para todos os alunos durante as aulas, uma publicação feita pelo CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) reforça a importância das escolas se responsabilizarem por essa oferta, já que o uso de tecnologias digitais, pode efetivamente ampliar o tempo, o espaço e o ritmo de aprendizagem de estudantes.
“As crianças e jovens precisam aprender a utilizar as tecnologias digitais para pesquisar e compartilhar informações com ética e criticidade, produzir conhecimentos e desenvolver a autonomia. Nesse sentido, as redes devem fazer o possível para permitir que os/as estudantes desenvolvam habilidades para lidar com o digital de forma mais interativa e consciente”, finaliza Alice Carraturi, da equipe de educação do CIEB.
Desafios da implementação do novo modelo
O modelo tradicional onde o professor está na frente, expondo a matéria, e os alunos enfileirados, escutando, está fortemente implementado no Brasil.
Além disso, o Censo Escolar 2020 mostra que, na educação infantil, a internet banda larga está presente em 85% das escolas particulares e na rede municipal, o percentual é de 52,7%. Em aproximadamente 30% dos lares no Brasil não têm acesso à internet. E há uma diferença significativa entre as classes sociais: em famílias cuja renda é de até um salário mínimo, metade não consegue navegar na rede em casa. Na classe A, apenas 1% não tem conexão.
Diante desses dados, é importante que esse modelo receba uma atenção especial, garantindo que todos os alunos, independente da classe social recebam um ensino apropriado.
Mesmo com todas essas dificuldades, a modalidade híbrida oferece muitas vantagens, veja:
Vantagens do Ensino Híbrido
Em resumo, o novo modelo de ensino dá aos estudantes controle sobre o tempo, local, caminho e ritmo nos quais eles podem acessar os conteúdos e instruções.
Estudar de forma remota, possibilita ao aluno:
- Acesso a outros recursos digitais: De certa forma, em sala de aula o aluno fica limitado ao material que o professor tem a oferecer, já com essa nova metodologia, o mesmo pode utilizar diversos recursos a fim de obter novas informações.
- Autonomia sobre seus estudos: O aluno é o protagonista nesse processo e responsável por sua própria evolução. No modelo tradicional, o professor é quem ganha essa responsabilidade. Essa autonomia permite que o estudante controle por exemplo, o tempo que passará estudando, dessa forma o mesmo pode avaliar seu rendimento e analisar qual método de estudo funciona melhor.
Além de otimizar o tempo e auxiliar no desenvolvimento da capacidade de ser autodidata, ou seja, buscar conteúdos e aprender por conta própria. E para os alunos principalmente de nível superior, além de possibilitar flexibilidade, o ensino híbrido proporciona também oportunidade de networking.
Fonte: Portal G1; CIEB
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